Filosofia Antiga

 

Filosofia antiga é o período compreendido entre o surgimento da filosofia e a queda do Império Romano.

A filosofia antiga nasceu de uma necessidade em explicar o mundo com explicações reais, O primeiro filósofo foi Tales de Mileto.

Originalmente, todas as áreas que hoje denominamos ciências faziam parte da Filosofia: expressão, no mundo grego, de um conjunto de saber nascido em decorrência de uma atitude. E, de fato, tanto Platão, no Fédon, quanto Aristóteles, na Metafísica, puseram na atitude admirativa, no admirar tò thaumázein, e também no páthos ("um tipo de afetação, que pode ser definido como um estranhamento"), a archê da Filosofia. "No Teeteto, Sócrates diz a Teodoro que o filósofo tem um páthos, ou seja, uma paixão ou sensibilidade que lhe é própria: a capacidade de admirar ou de se deixar afetar por coisas ou acontecimentos que se dão à sua volta".1 O thaumázein, assim como o páthos, têm a ver com "um bom ânimo ou boa disposição (...) que levou certos indivíduos a deixar ocupações do cotidiano para se dedicar a algo extraordinário, a produção do saber: uma atividade incomum, em geral pouco lucrativa, e que nem sequer os tornava moralmente melhores que os outros."1 .

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História da filosofia antiga

Tales de Mileto, importante nome na história da filosofia antiga. | Imagem: Reprodução

Chamamos de Filosofia antiga o período que data  desde a sua criação, no século VI a.C. até a queda do Império Romano, quando os pensadores gregos começaram a se fazer inúmeras perguntas sobre a racionalidade humana, e tentaram encontrar explicações para absorver o entendimento de sua própria natureza.

História do início da filosofia antiga

Costuma-se atribuir a Pitágoras de Samos, filósofo grego que viveu no século VI a.C, a criação do termo Filosofia. Para os gregos a Filosofia tinha um significado muito profundo, era uma constante busca pela sabedoria, era o amor por esta tal sabedoria. O saber era algo mágico, um dom, se assim podemos dizer, um privilégio que apenas os deuses possuíam, e cabia aos humanos tentar encontrá-la, entendê-la, e assim, compartilhá-la, mesmo que fosse necessário entender que por mais que se procure a sabedoria, ninguém jamais a terá. Ela é uma busca constante, quanto mais se procura, mais se tem a procurar. A princípio ela tinha um conceito religioso, pois sempre que se falava em Filosofia se citavam os deuses e seres míticos, porem, mesmo com a mudança de raciocínio muito tempo depois, o significado geral continuou sendo o mesmo, pois independente da área que ela seja empregada, seu conceito é único, a busca pela sabedoria.

O primeiro filósofo foi o grego Tales de Mileto, que se viu com uma enorme necessidade de entender o mundo, não apenas como todos diziam entender, mas de uma força mais profunda, com argumentos concretos, reais.

Quando a Filosofia antiga diz que seu objetivo é compreender toda a racionalidade humana, o que ela está realmente tentando nos explicar é que seu objetivo de estudo não aceita simples explicações míticas, sem uma origem clara ou fundamentada. Não é aceitável dizer que está chovendo apenas porque uma nuvem carregada, enviada por um deus, parou sobre um local. Os filósofos queriam mais do que essa teoria, eles desejavam a compreensão por inteiro de tal ato, o porquê desta nuvem está carregada, que detalhes fazem com que se acumule essa água e ela caia em seguida. Como se formam essas partículas. Eles querem argumentos, querem entender as verdadeiras causas desse fenômeno, isso o distingue dos mitos, pois sua explicação deve vir da Razão, com fundamentos convincentes.

Escolas:

Quando citamos a história da Filosofia Grega ouvimos muito falar em certas escolas, e a escola Jônica é um nome muito citado, isto acontece porque foi nela que a filosofia teve início, na Jônia, uma colônia grega da Ásia. Os grandes filósofos que fazem parte dessa escola tinham como base a busca pela origem das coisas, um exemplo disso é o já citado Tales de Mileto, que buscava a existência de um princípio para tudo, além também de Anaximandro, outro importante nome.

A escola Itálica, que fez parte do período pré-sofista teve nomes de destaque, como Filolau de Crotena, e Aquitas de Tarento.

Pulando para uma outra importante escola, a de Alexandria, temos nomes que se tornaram famosos e conhecidos em várias ciências, como:

  • Pitágoras, que além de influenciar na Filosofia contribuiu e muito na matemática, com seus teoremas que levam seu nome e que conhecemos na escola;
  • Demócrito, que alegava que todas as coisas do universo era composta por átomos;
  • Heráclito, que acreditava em uma lei do universo caracterizada por uma mudança constante.

A filosofia antiga terminou com o fim do período helenístico, que teve como nomes de destaque Zenão de Cício, Panecio de Rodes, Sêneca e Marco Aurélio.

 

PitágorasA História da Filosofia costuma datar sua criação no século VI a.C., quando pensadores gregos iniciaram a indagação a respeito da racionalidade do mundo e partiram em busca da compreensão de sua natureza (Physis). Esta busca reflete o processo social, político e cultural por que passavam as ilhas gregas nesse período, e a Filosofia ganhou força quando se fortaleceu a superação da interpretação mítica rumo ao pensamento racional.

Há uma tradição que atribui a Pitágoras de Samos (séc. VI a.C.) a criação do termo Filosofia. A Filosofia, para ele e para a maioria dos gregos, signficava a busca da sabedoria, o amor por ela. Isto porque, para eles, a posse real da sabedoria era privilégio apenas dos deuses, sendo que aos humanos restava apenas buscá-la e amá-la, sem jamais possuí-la completamente. Era, de fato, um conceito religioso de Filosofia, mas que permanece até hoje. Mas há ainda outras características importantes que perfilam a Filosofia Antiga.

Vejamos.

O seu conteúdo procura sempre compreender as coisas a partir da totalidade, isto é, abranger toda a realidade, sem excluir partes e sem dividi-la em pormenores. A Filosofia Antiga vai perguntar sempre sobre o princípio de todas as coisas e seu objeto de estudos é a totalidade da realidade e do ser. Para alcançar tal intento, ela vai perscrutar sobre o primeiro princípio de todas as coisas, o porquê anterior a todas as causas, a causa não causada. Os gregos chamam este princípio de Physis (a essência de tudo). Inicialmente os pensadores chamados pré-socráticos vão procurar a Physis na natureza, no mundo que existe antes mesmo dos seres humanos. Por isso, são chamados de Físicos.

O método da Filosofia Antiga é a compreensão racional da totalidade do ser. Isto quer dizer que, diferentemente das explicações míticas ou religiosas, os filósofos devem fundar suas pesquisas e argumentos sobre o raciocínio lógico, buscando as causas dos fenômenos. Enquanto o mito e a religião buscam compreender o mundo através da crença e da narrativa, a Filosofia vai fundamentar suas explicações na Razão (Lógos). Este é o seu método, que, aliás, foi herdado por quase todas as ciências que conhecemos hoje.

O objetivo da Filosofia Antiga é bastante pretensioso: conhecer e contemplar a verdade. Para os gregos, contemplar (Theorein) significa conhecer racionalmente sem se envolver com o objeto conhecido. Do verbo Theorein é que deriva a nossa palavra Teoria. Tal sentido está ainda muito presente nas ciências atuais, que acreditam na possibilidade de um conhecimento realmente objetivo, neutro e imparcial da realidade. Esta crença é uma herança forte da Filosofia grega, que se propôs um objetivo arquimediano: olhar e conhecer a realidade a partir de um ponto-de-vista abstrato, fora do real, de onde apenas os deuses (e os demônios) podiam contemplar o mundo. Esta é a marca fundamental da Filosofia Antiga que condicionou indelevelmente o Ocidente.